quarta-feira, 2 de março de 2011

Camuflagem

Já sentiu o vazio de não ser notado? O quanto é insignificante toda a existência, diante da fome insaciável do ego de cada um ? Nada que se faz pra ser notado é o suficiente, uma vez que, a verdadeira notabilidade de algo/alguém, está no inesperado, no surpreendente. Acho que na verdade, está no simples fato de viver, não é nescessário, aparições milagrosas, ou mover motanhas, basta ser simples, ir vivendo, tudo vai acontecer, se tiver de ser.
'Tudo está bem, quando acaba bem'. Será que o querido Shakespeare não se equivocou, tudo deve estar bem, quando começa bem? Até porque se teve um fim não valeu a pena. Faltam mais flores, cores, sabores, odores, frescores ... Está faltando AMORES. Maldita mania que os homens tem de se camuflar nessa figura forte, que agoniza por dentro, sensível como uma pena, pobre coitado.
Falta sensibilidade, sensatez, carinho, atenção, afeto. Qual o motivo de não poder se aflorar a flor que espalha o perfume do coração em toda nossa alma, mas que não é posta em outros vasos, juntando-se a outros enfeites..
E nessa camuflagem calada, colhida como um conto, fica a flor: florida margarida, que amarga como um cravo muito bravo preto num cantinho, que prestes a soltar um espinho, percebe que da rosa dengosa tem partes mais valiosas, que valem mais que seu enpinhozinho. Pobre pétala. Aflore-se hoje, não amanha, nem depois. Agora, hoje, não deixa palpitar o coração que quer mais, ele só quer voar .
Talvez esse desfecho do texto de hoje foi meio inesperado, não ?

terça-feira, 1 de março de 2011

Procura-se

E ficava cada vez maior a agonia sufocante de está faltando algo, neste primeiro de março, volto a escrever, essas palavras não podem mais ficar vagando apenas na minha cabeça sem nenhum sentido. Que deixem todos os outros confusos também, que todos também tenham que organizar as mesmas.
E o que aconteceu nesse tempo, que não abri minhas páginas e as preechi com toda e qualquer bobagem que me viesse a cabeça, estava ausente. Não do mundo, de mim mesmo, precisava me encontrar, precisava saber o que havera acontecido a minha pobre cabeça. E nesse mesmo tempo perbeci que quanto mais mergulhava no meu existencialismo, menos eu sabia sobre mim, e mais perdido ficava, então resolvi parar tudo...
O ultimo mês ? Sombrio. Mágico. Trágico. Medonho. Fantástico. Horrendo. Mas afinal é disso que reclamam, falta de emoção. Ah, disto nao posso me queixar, afinal pude degustar de uma emoção por minuto, descobri facetas de pessoas estranhas, e estranhas facetas das pessoas. O que eu acho disso? Nada.
Hoje posso dizer que me contento com o nada, que devagazinho vai voltando a ser o meu tudo.