terça-feira, 18 de março de 2014

Obra Ficcional Baseada em Fatos Reais

               

                Oi!  Não sei bem seu nome, talvez seja Carla, Ana, Roberta, Carol, Gabriela, Bruna, Raphaela, Bia, Manuela, Helena ou Laura, não sei. Todo o resto eu já conheço, te garanto. Sei que tem olhos claros e sei que sempre que eu acordo depois de você, tenho o melhor 'bom dia' de todos. Todos os dias. Você fica com a cabeça deitada, me olhando, com os olhos mais lindos que eu verei na minha vida, me dá um beijo e depois  um sorriso miúdo, dengoso, maior que todo o resto do mundo.

                 Sei que minhas brincadeiras fora de hora vão te irritar bastante e que vamos brigar várias vezes por isso. Mas o incrível é que você é linda, a mais linda, até irritada. E minhas cervejas bastantes frequentes também serão motivos de chateação. Outras vezes beberemos juntos..

                  Sempre vou bagunçar e fazer cafuné no seu cabelo. Você terá a mania insuportável de me fazer cócegas e querer organizar minha vida, e isso vai me deixar bastante nervoso. Você vai me enganar dizendo que o meu cachorro-quente é o melhor que já comeu na sua vida. Você vai ter crise de ciúmes, eu terei outras cem crises também. Você sempre estará com alguma revista de dieta na bolsa, que só dura até o próximo sorvete que tomarmos juntos. Viajaremos pra casa dos meus pais uma vez por ano. Eles vão te adorar e no fim das contas você os adorará também. Seu pai não irá muito com minha cara.

                   Sorriremos, choraremos, sofreremos, comemoraremos, gritaremos, quebraremos coisas, silenciaremos, juntos. Nos amaremos, sempre.
                       
                   Bem, agora eu não sei exatamente onde você está, ou o que está fazendo, mas daqui a pouco nos encontraremos.


                   
                  Prazer! Aliás, prazer não! 
                  Muito prazer, João.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Rotina

              A tristeza virou rotina. É só frio, só solidão. Me policio pra não abrir mais a gaveta onde estão guardadas nossas fotos, mas no meio da noite, abro. E pronto, uma cratera se abre. Apostei alto, joguei errado e de lição tiro apenas que não sou um bom jogador. Não nasci pra jogar.

              Parece que o tempo vai passando, passando, e a dor só aumenta. E toda noite eu me perco em mais uma cerveja, em mais um cigarro, e parece que não vai passar. Eu só queria esquecer, só. Mas não esqueço.

               Eu a vi essa semana passando na rua e, Deus do céu, como ela está linda! Eu segui o caminho errado, fiz tudo pra escolher esse caminho, esse lado torto que sempre me pareceu tão mais bonito.

                Tudo o que eu mais queria nesse momento era apenas estar com ela, ganhar um cafuné e lhe dar um beijo no olho.


                Estou mais sozinho que nunca, absolutamente só.