Da sensação que tudo podia se esvair depois do fim, eu queria que de certo modo fosse eterno, que tudo aquilo fosse recordado com uma saudade gostosa e até mesmo uma admiração pós-paixão que nos deixasse sob a batuta do 'por que não deu certo?'. E lutando contra isso tudo eu acabei me embaralhando em palavras e gestos, entre suspiros e gritos e lágrimas de ódio e saudade.
Sei que foi de minha total autoria a culpa de não ser eterno o carinho, ou até mesmo a saudade e admiração. E do mesmo modo que pequenos gestos convencem, pequenos gestos destroem. E são os que mais destroem. E o que foi destruído era algo tão belo e mágico que me deixa pensando em um 'improvável efeito borboleta'.
Se a saudade não existe mais, qual o motivo para aquilo tudo ter existido ? Nenhum? Será que o que antes era necessário, hoje é dispensável ?
Não adianta : O tempo não cura o que ele mesmo destrói.
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