quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Te desejo.

Eu não posso fazer mais nada. Você fez sua escolha e se quer partir eu só posso te desejar mais flores que espinhos no caminho e... quer saber? Eu te desejo mais. Que você tenha fé, muita fé. Mais do que a que eu tive em relação a você,a nós. Mais do que a fé de criança. Tenha fé em você, nos seus sonhos, naqueles que te cercam. Tenha mais fé no peito, nos olhos. Acredite! Crer faz toda a diferença. E eu te desejo muita sorte pra que você consiga ser a melhor que pode; pra que descubra o que fazer da vida e descubra, a tempo, a importância que você tem na vida de muitos, na minha. E eu te desejo uma enxurrada de sentimentos pra que você possa ver e sentir na pele, nos ossos, na alma, que sentir pode até doer, mas vale a pena quando você vê aquele sorriso, aqueles olhos, aquele coração disparado.
Que você possa um dia sentir por alguém o que senti por você. É tão bonito, você tem que ver. Espera. Antes de ir, deixa eu te dizer uma coisa? Obrigado. Não por segurar minha mão, mas por me segurar inteiro, por me fazer bem. Eu acreditei. Obrigado por ter me cuidado, por ter dividido parte do seu caminho comigo, pelos risos, brincadeiras, cumplicidade. Desejo, com todos os meus corações que você seja feliz no seu caminho, nas suas escolhas, na vida. Porque você tem um sorriso que merece ser visto e anda como se soubesse dos passos que dá e porque você é incrível, mesmo que disfarçadamente. Porque eu vou sentir sua falta. Porque vai doer. Porque é você. Eu te desejo... apenas.
Agora pode ir! Ficarei meio sem rumo, mas vai! E se eu posso te pedir alguma coisa, se você acha que tive um pouquinho de importância nesse seu mundo paralelo, cheio de pessoas e sonhos, só peço que... não me esqueça.
Te desejo memórias bonitas. Lembra da minha felicidade ao te ver, do meu ‘bom dia’, do meu sentimento. Lembra do que foi bom e me perdoa o excesso. De palavras, de choro, de sentimento. É que eu transbordo mesmo. Em tudo. Em todos. E fiquei denso, indo sempre ao fundo de mim, de você, de tudo que me toca. E eu te admiro, muito. Queria ter sido um pouco mais mistério, um pouco menos coração, mas... é isso!

Então me solta aos poucos...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Subjetivo.

Ficamos ineptos quando já não basta à escolha de palavras, agir é a última cartada. Mas a tal surpresa será suficiente para todo castelo de ilusão, moldado por meses trancafiados sob pudores e desejos assombrosos?
Seria simples se eu me mantivesse com a vista das grades de minha janela, a rara aurora que via desabrochar.
Os velhos discos estão sob grossa proteção de pó, intocados por descuido, por amedrontarem a falsa segurança ou a busca por ela.
É um mergulho deixar o corpo entre tudo que está disperso e mantido em segredo.
As palavras traíram minha necessidade de expressar. Fui eu quem desatou o nó e libertou-as
Mas havia um vínculo recusado por ambas as partes e intenso em sua realidade.
É a ele que recorro quando a confusão me esgana com suas garras mortíferas, ela clama pela morte de toda subjetividade que me habita.
Mas o álibi e seu objeto de morte foram entregues por mim.
Esse eu inexistente, perdido entre a escolha do desejo e do que é certo, provocado pela curiosidade de quem define essa monotonia de correto.
Falta humanidade em tudo que dizemos.
A verdade é a autodestruição, pois o mais hábil homem morreu desconhecendo-a e perturbado.
Por que no fim ele era mais um e menos um entre nós. Os descrentes e ordinários.