quinta-feira, 16 de junho de 2011

Somente Só

Na companhia de sons emudecidos comunico-me comigo mesmo, respeitando o silêncio imposto pelo ser oposto que não se faz presente. Caminhando em forma de nó vou sonhando só e evoluindo de ré em meu mundo sem fé. Ao caminhar ouço somente os passos de um andar mais do que familiar. Formo comigo mesmo um casal sem par e um relacionamento egocêntrico mais do que peculiar. Amo-me como jamais amaria outro ser. Sonho em ser o que sou e não com o que nunca poderia ser ou ter. Abandono-me Quando esqueço de mim e penso em ser o que não preciso ser. Isso ocorre em momentos em que me escapa a lucidez. Pura insensatez! Não sei pra quê. Não sei por que as pessoas choram por pessoas. Se a pessoa por que choras não passa de um personagem sem bagagem, sem alma e sem coragem. Prossigo na estrada singular, sempre me escondendo das companhias que insistem em me encontrar.

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